16/01/2024 às 15h19min - Atualizada em 16/01/2024 às 15h19min

Quem era a enfermeira grávida de 8 meses assassinada a tiros no ES; ela deixa um filho de 8 anos

Íris Rocha, de 30 anos, foi encontrada morta em uma estrada rural de Alfredo Chaves, na Região Serrana do Espírito Santo.



 

Íris Rocha, enfermeira grávida de oito meses que foi assassinada a tiros em Alfredo Chaves, Região Serrana do Espírito Santo, era mestranda em Ciências Fisiológicas na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e também deu aulas em um curso técnico de Enfermagem.

Íris tinha 30 anos e foi encontrada morta, com o corpo coberto com cal, abandonado em uma estrada rural na cidade de Alfredo Chaves, na estrada que liga Matilde à comunidade de São Bento de Urânia, na última quinta-feira (11).

Márcia Rocha, mãe de Íris, deu entrevista para a TV Gazeta e contou como ficou sabendo da morte da filha.

 

"A polícia descobriu um cadáver jogado na mata de Alfredo Chaves e aí foi confrontar com todas as Íris, porque com o corpo só tinha um cartão com o nome Íris, mas podia ser qualquer Íris. E aí chegou até a mim. Ele foi falando das características e foi acontecendo as coincidências. E aí no final a gente percebeu que era a Íris, minha filha querida, amada", disse .

 

A enfermeira estava grávida de oito meses e esperava uma menina que, segundo a mãe, iria nascer em fevereiro.

 

"Tão jovem, tão cheia de sonhos. E a gente precisa que seja feita a justiça, porque foi uma maldade que fizeram com ela. Grávida de 8 meses de uma menina que ia se chamar Rebeca e nasceria no máximo dia 20 de fevereiro", comentou.

 

Íris também deixa um filho de oito anos.

 

"Ela tinha muitos sonhos e deixa um filho de oito anos que ela amava muito e ele também ama muito ela, é muito triste", lamentou a mãe.

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A enfermeira morava em Jacaraípe, na Serra, Grande Vitória. O velório de Íris foi realizado na manhã de terça e o sepultamento foi no Cemitério Jardim da Paz, na Serra.

 

Trabalhadora, diz família e amigos

 

A mãe de Íris contou um pouco da relação da filha com o trabalho.

 

"Uma pessoa meiga, amada, trabalhadora, muito dedicada. Ela ficava cuidando das pessoas e tinha muito orgulho disso. Fazia com muito carinho e as pessoas gostavam dela, do trabalho que ela fazia. Ela e dedicava no Hospital das Clínicas e estava fazendo mestrado", disse a mãe.

A enfermeira fazia mestrado na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) desde março de 2023. A Ufes publicou uma nota de pesar sobre a morte dela.

O Conselho Regional de Enfermagem do Espírito Santo (Coren-ES) também se manifestou sobre a morte de Isis.

"É com profundo pesar que o Conselho Regional de Enfermagem do Espírito Santo (Coren-ES) recebe a trágica notícia do falecimento da enfermeira Íris Rocha, de 30 anos, ocorrida de forma brutal em Alfredo Chaves, no sul do estado. A jovem, que dedicou sua vida ao cuidado e bem-estar dos pacientes, foi vítima de um ato de violência que choca a todos nós. Que a memória de Íris Rocha permaneça viva em nossos corações, como exemplo de dedicação e amor à profissão", lamentou o Conselho

O presidente do Coren-ES, doutor Wilton José Patrício, também comentou: "É com um sentimento de consternação e tristeza que recebemos a notícia do falecimento da Íris. Esse caso deixa um vazio imensurável na Enfermagem do Espírito Santo. Expressamos nossas condolências aos familiares, amigos e colegas de trabalho, e nos solidarizamos nesse momento de dor e perda".

O Coren também pediu justiça "para esse ato de extrema crueldade".

 

Entenda o caso

 

O corpo de Íris foi encontrado coberto de cal em uma estrada da zona rural de Alfredo Chaves. Apenas nesta segunda-feira (15), o corpo foi reconhecido pela família.

A perícia da Polícia Civil informou que a mulher foi atingida por pelo menos dois disparos na região do tórax. No local do crime também foram encontrados 5 cápsulas de bala.

O corpo da enfermeira foi levado para o Serviço Médico Legal (SML) de Cachoeiro de Itapemirim, no Sul do estado, onde passou por exames e foi liberado para a família.

A Polícia Civil informou que o fato segue sob investigação da Delegacia de Polícia (DP) de Alfredo Chaves.

De acordo com as investigações, não há indícios de participação de nenhum servidor que pertença ao quadro da Polícia Militar do Espírito Santo (PMES).


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