11/01/2024 às 16h22min - Atualizada em 11/01/2024 às 16h22min

Cirurgião plástico é preso por morte de cabo-friense após lipoaspiração

Atestado de óbito de Lindama Benjamin de Oliveira, de 59 anos, aponta como causa do óbito uma perfuração no intestino seguida de hemorragia



 

O cirurgião plástico Heriberto Ivan Arias Camacho foi preso preventivamente nesta quinta-feira (11), sob a acusação de ser responsável pela morte da cabo-friense Lindama Benjamin de Oliveira, de 59 anos. Segundo investigações, a vítima veio a óbito horas após uma lipoaspiração realizada pelo médico em março do ano passado.

O procedimento cirúrgico, que custou R$ 16 mil, foi realizado no Hospital Bitée Cirurgia Plástica e Estética, na Barra da Tijuca, e a paciente chegou à clínica por indicação de amigos. O atestado de óbito de Lindama aponta como causa da morte uma perfuração no intestino seguida de hemorragia.

A prisão preventiva do médico foi decretada pela Justiça do Rio de Janeiro na última segunda-feira (8), sendo o mandado cumprido na manhã desta quinta por agentes da 12ª DP (Copacabana).

A juíza Tula Correa de Mello, da 3ª Vara Criminal da Capital, ao decretar a prisão, ressaltou que o médico “assumiu o risco de matar” a paciente, atuando “de forma livre e consciente”. A magistrada também mencionou a existência de indícios de um “grave homicídio qualificado” e o risco de fuga por parte do especialista.

A defesa de Heriberto Ivan terá um prazo de dez dias para apresentar provas e testemunhas. Paralelamente, Jairo Magalhães Pereira, advogado que representa a família de Lindama e assistente de acusação, expressou que a prisão é fundamental para o andamento do processo, destacando que o médico já enfrenta outras investigações e processos de indenizações.

A defesa da vítima também solicitou ao Conselho Regional de Medicina do Rio (Cremerj) a suspensão do registro médico de Heriberto, mas ainda não obteve resposta. No site do Cremerj, o registro do médico continua ativo.

O Cremerj, por sua vez, informou que há um processo em andamento sobre o caso, que corre em sigilo e segue os ritos do Código de Processo Ético-Profissional. Conforme o órgão, todos os prazos processuais são observados para assegurar a legalidade do procedimento.

A defesa do médico, na figura do advogado Alessandro Marcos, durante um depoimento na 16ª DP (Barra da Tijuca) no ano passado, defendeu a inocência de Heriberto, classificando a morte de Lindama como “uma fatalidade”. A defesa aguarda um laudo complementar sobre o caso.


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